Panelas

Políticas públicas

O TCE-PE tem desenvolvido diversos trabalhos focados em políticas públicas e questões críticas da gestão pública. Esses trabalhos estão organizados por áreas temáticas e representados por círculos nas cores verde, amarelo e vermelho.

Esses trabalhos estão organizados por áreas temáticas e representados por círculos nas cores verde, amarelo e vermelho.

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Conheça mais sobre Panelas

Panelas é um município do Agreste pernambucano, distante cerca de 182 km da cidade do Recife. A cidade possui uma área de aproximadamente 380 km² e conta com uma população de 26.438 habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. 

O censo de 2010 apontou que a cidade possuía 25.645 habitantes, sendo a 74ª mais populosa de Pernambuco, com cerca de 42% da população residindo na zona urbana e 58% na zona rural da cidade, segundo a base de dados do Estado de Pernambuco naquele ano.

O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,569, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-2019), ocupando o 137º lugar no ranking estadual, segundo dados do IBGE de 2010.

Ela está limitada ao norte com o município de Altinho; ao sul com Quipapá e Jurema; a leste com Lagoa dos Gatos, Cupira e São Benedito Sul; e a oeste com a cidade de Ibirajuba.

Educação

Estimativas do IBGE apontam que, em 2020, existiam cerca de 6.053 alunos matriculados, sendo 1.168 no ensino infantil, 3.524 no ensino fundamental e 1.361 no ensino médio. Em 2010, a taxa de escolarização era de 98,6% e em 2020 a cidade contava com 37 escolas de ensino fundamental e duas de ensino médio. A sua nota do IDEB em 2019 foi de 7,6 para os anos iniciais, ocupando a 1ª colocação no Estado. A nota para os anos finais não foi divulgada pelo IBGE. O município não conta com nenhuma instituição de ensino superior.

Saúde

Dados de 2020 do IBGE apontam que a cidade possuía uma taxa de mortalidade infantil de 9,62 óbitos por mil nascidos vivos, ocupando a 118ª posição no Estado e uma taxa de internações por diarreias em 2016 de 0,3 por mil habitantes. Em 2010, cerca de 55% dos domicílios da cidade tinham acesso a esgotamento sanitário adequado e o município contava em 2009 com oito estabelecimentos de saúde ligados ao SUS.

Economia

Dados do IBGE de 2019 mostram que o produto interno bruto per capita do município era de R$ 7.348,18 por habitante, o 167º maior do Estado. Já as receitas realizadas em 2017 foram de R$ 82.808.460,00, enquanto que as despesas empenhadas totalizaram R$ 71.270.320,00. 

As principais atividades econômicas da cidade estão concentradas no comércio varejista e na agricultura de subsistência. 

Turismo

Panelas é conhecida no cenário nacional por ter sido palco de uma das batalhas mais importantes do Brasil: a famosa Guerra dos Cabanos. Foi lá também onde nasceu Gregório Bezerra, grande líder popular defensor dos trabalhadores rurais, e o poeta, escritor e repentista Oliveira de Panelas. 

Fundada ainda no século XIX preserva grandes objetos históricos como Engenho Amolar, construído durante o Império; os sítios arqueológicos; as comunidades quilombolas do Sambaquim; a cultura popular; a Igreja Matriz do Bom Jesus, cartão postal da cidade; as cachoeiras e bicas rurais e a Bica localizada no pé da serra; com restaurantes e bares onde o turista pode desfrutar de um banho com água das nascentes. 

Suas belezas naturais se evidenciam através das três serras que rodeiam a cidade. A Serra da Bica, ou do Cruzeiro, onde está localizado o mirante de onde é possível observar o município, a cidade de Cupira e, durante as tardes, é possível apreciar um lindo pôr dos sol. 

Na Serra dos Timóteos - cenário de uma das batalhas da Guerra dos Cabanos - vale a pena conferir a paisagem no mirante natural, onde é possível ver a cidade de um ângulo diferente ao da Serra da Bica. Outro ponto de visitação é a Serra do Boqueirão, formada por uma enorme rocha, rodeada de vegetação.

No calendário festivo, destacam-se eventos importantes como o Festival Nacional de Jericos, a Trilha da Emancipação e a Missa do Vaqueiro. A Maratona de Cruzes é outra festividade importante que recebe cerca de 60 mil pessoas todos os anos. Ela conta com apresentações culturais de bacamarteiros, bumba-meu-boi, capoeira, mamulengo, banda de pífanos e Antônio da Boneca, além de  bandas de forró reconhecidas nacionalmente. A Maratona de Cruzes  ao longo de sua programação.

Outras grandes atrações são a festa do Padroeiro São José e as festas juninas, com destaque para o tradicional "Casamento do Matuto", o concurso de fantasias e o desfile de Carroças e Carros de Boi, na Vila São José do Bola.

História

A denominação do lugar possui várias versões. A primeira é que na Bica, fonte de água localizada no pé da serra, era comum a confecção de panelas de barro, produzidas pelos moradores do local. Outra faz referência ao fato de que no local eram encontradas muitas Igaçabas Indianas (panelas e potes indígenas, onde os índios guardavam seus utensílios e até enterravam seus entes queridos).

A terceira fala que as três serras (Serra do Boqueirão, Serra dos Timóteos e Serra da Bica), que rodeiam a região, tem a forma de uma ?Trempe de Panelas?. Uma outra diz que as serras que rodeiam o lugar possuem formato de abóbada (construção em forma de arco com a qual se cobrem espaços compreendidos entre muros, pilares ou colunas), formando assim três Panelas.

Panelas também é conhecida por ter abrigado João Timóteo de Andrade, no levante conhecido como 'Guerra dos Cabanos'. Segundo fontes locais, foi nos fins do século XVIII para o século XIX que o cidadão Manoel Santiago de Miranda - português residente em Garanhuns e cobrador de dízimos na região da qual Panelas fazia parte - comprou uma gleba de terras ao norte dessa localidade e construiu uma capela (onde hoje fica a igreja matriz) e uma pequena casa. No local, Miranda colocou uma imagem do Senhor Bom Jesus dos Remédios - padroeiro da cidade - confeccionada em cedro e em tamanho natural, trazida em procissão de Petrolina até Panelas. 

A cidade tem seu nome gravado na História de Pernambuco, por ter sido palco da 'Guerra dos Cabanos', que aconteceu entre os anos de 1832 e 1836. Dela participaram os penelenses João Timóteo de Andrade e Francisco José de Barros. A primeira batalha ocorreu na serra dos Timóteos e a segunda no Sítio Cafundó, que pertence atualmente ao Município de Lagoa dos Gatos. 

Depois de quatro anos de luta, o Bispo D. João Marques Perdigão chegou ao local em missão pacificadora e conseguiu a rendição dos revoltosos com a condição de serem anistiados, dando fim às lutas. 

A localidade foi transformada em distrito em 1846, mas só em 18 de maio de 1870 obteve autonomia municipal, quando foi desmembrada do município de Caruaru e de parte do território de São Bento do Una.

Geografia

A cidade está situada a 532 metros do nível do mar, nos domínios da bacia hidrográfica do rio Una. Seus principais tributários são: os rios da Chata, Panelas e do Feijão, além dos riachos: Gaiola, da Areia e Duas Barras. Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m3. Os principais cursos d?água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

O município está inserido na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, formada por maciços e outeiros altos, com altitude variando entre 650 a 1.000 metros. Ocupa uma área de arco que se estende do sul de Alagoas até o Rio Grande do Norte. 

O relevo é geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados. A fertilidade dos solos é bastante variada, com certa predominância de média para alta. A área do município é recortada por rios perenes, porém de pequena vazão e o potencial de água subterrânea é baixo. 

A vegetação desta unidade é formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias das áreas agrestes. O clima é do tipo Tropical Chuvoso, com verão seco. A estação chuvosa se inicia em janeiro/fevereiro com término em setembro, podendo se adiantar até outubro.

Fontes: IBGE, Prefeitura de Panelas e Wikipédia.